31 de agosto de 2011

Mulheres vítimas

31 de agosto de 2011
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O abrigo para mulheres do Centro de Valorização da Mulher (Cevam), em Goiânia, com capacidade para acolher 50 pessoas, está lotado. A falta de vagas decorre da grande procura de mulheres que se sentem ameaçadas, muitas delas pelos maridos e companheiros. A violência contra a mulher aumentou de modo espantoso em Goiás.
A taxa de homicídios dos quais mulheres são vítimas em Goiás cresceu quase 80% nos últimos dez anos e colocou o Estado em 6º lugar nesse desagradável ranking, atrás apenas de Espírito Santo, Roraima, Pernambuco, Mato Grosso e Paraná. Há dez anos, Goiás estava na 17ª posição.
Os dados constam de estudo do Ministério da Justiça em parceria com o Instituto Sangari. Há fatores novos relacionados a este fenômeno, como o envolvimento de mulheres com o tráfico e consumo de drogas, mas a base dessa matriz de violência é ainda de natureza cultural, o machismo, que tem forte presença no contexto regional.
A sociedade tem de se mobilizar para impedir o crescimento da violência contra a mulher. Entidades como o Cevam precisam ser fortalecidas, a fim de que tenham condições de apoiar a mulher e melhor protegê-la contra essa exposição à violência. Cabe também uma contribuição do Judiciário, com maior agilidade nas ações contra os que praticam crimes contra essa parcela da sociedade.
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