9 de abril de 2012

Violencia nas escolas: Secretaria de Educação afasta diretora após aluno ser agredido


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RIO - A Secretaria estadual de Educação afastou a diretora do Colégio Estadual Madre Teresa de Calcutá, em Realengo, na Zona Oeste, onde um aluno de 16 anos foi agredido na última quarta-feira. Foi aberta uma sindicância para apurar o caso, e se for comprovado que ela estava ausente no momento em que ocorreu uma briga, ela poderá até ser exonerada.
Segundo o site G1, a agressão teria acontecido depois que o adolescente rompeu o namoro com uma colega. Segundo o jovem, os amigos da garota passaram a hostilizá-lo e o agrediram no pátio da escola. De acordo com a família, foram dez estudantes contra ele.
- Acho que foi por causa disso mesmo, por causa dela. Ela falou com um amigo, citou o que aconteceu. Eles não gostaram também, quiseram tomar as dores dela - disse o estudante.
A mãe do adolescente diz que procurou a escola um dia antes para falar com a diretora, mas ela não estava.- Ele já tinha me falado o que estava acontecendo na escola e fui lá resolver para não chegar aonde chegou. Chegamos na escola e eu fui informada que a criatura não se encontrava. Zoaram na escola que, se eu achasse a diretora, para eu acender uma vela, porque nem as professoras sabem dela - afirmou a mãe do estudante, Nilcéia Luciano Ferreira.
Mãe diz que diretora se apresentou como advogada
No dia da briga, a mãe do jovem foi até o colégio tentar socorrer o filho. Ela contou que funcionários teriam levado os dois para uma sala, onde permaneceram trancados.A justificativa era que tinham de esperar pela diretora, segundo Nilcéia. Ela disse que a diretora teria se apresentado também como advogada e tentado intimidar os dois.
- Então, meu filho como a vítima ia sair como o réu, porque ela iria fazer de tudo para jogar a culpa nele. Uma coisa que eu questiono é que foram vários que juntaram nele e eu quero que alguém tome uma providência - disse a mãe.
A polícia foi acionada e o boletim de ocorrência confirma que a diretora se apresentou como advogada e que tentou impedir a entrada dos policiais na escola.
- Eu estou com medo de ir para a escola e acontecer de novo - afirmou o estudante.
Secretaria fala em briga e não em espancamento
A Secretaria estadual de Educação informou, em nota, que o que ocorreu no colégio foi uma briga entre dois alunos, não um espancamento de um adolescente por um grupo de estudantes.
Segundo a nota, funcionários da escola apartaram a briga e os pais foram chamados no colégio, “procedimento normal a ser adotado”.
Uma equipe da secretaria, composta também pelo superintendente Pedagógico, Paulo Abreu, e pelo diretor regional da Zona Oeste, Robson Lage, esteve no local conversando com os pais, os alunos e a direção e, após apurar todos os fatos realmente, tomará as medidas necessárias. Outros alunos afirmaram que foi uma confusão apenas entre os dois estudantes, sem envolvimento de qualquer grupo maior.
“Ouvimos todos os lados; os pais, os alunos, os funcionários e a direção. Vamos abrir uma sindicância e, com essa apuração mais aprofundada, tomaremos as decisões corretas”, afirmou Robson Lage na nota.
Familiares de um dos alunos, que não os do agredido, decidiram registrar ocorrência policial. A Secretaria também está acompanhando o caso juntamente à polícia.

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