17 de outubro de 2012

Aumenta a presença de negros no ensino superior, diz MEC



Percentual de jovens pretos foi de 1,8% para 8,8% em 14 anosDE BRASÍLIA, Folha de S.Paulo, 17/10/2012


A presença de jovens negros em instituições de ensino superior do país aumentou de forma expressiva nos últimos anos, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação.
Em 1997, 2,2% dos pardos de 18 a 24 anos frequentavam ou haviam concluído um curso de graduação. No ano passado, o percentual foi de 11%.
O crescimento também foi significativo entre os jovens autodeclarados pretos: o percentual dessa população em instituições de ensino superior saltou de 1,8% para 8,8%.
Os índices, entretanto, continuam mais altos entre os brancos. Há 14 anos, 11,4% dos jovens brancos estavam cursando ou tinham concluído uma graduação. Em 2011, eram 25,6%. Ao todo, 17,6% da população de 18 a 24 anos frequentam ou já concluíram o ensino superior.
Os números divulgados ontem pelo MEC têm como base a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e fazem parte do Censo da Educação Superior 2011.
Para o ministro Aloizio Mercadante (Educação), programas como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e o ProUni (Programa Universidade para Todos), além da ampliação do sistema federal de ensino (Reuni), contribuíram para a maior presença de negros no ensino superior.
Ele destacou também que a nova lei de cotas poderá ampliar ainda mais o acesso de negros a essa etapa de ensino.
(FLÁVIA FOREQUE)




Número de pretos e pardos jovens com ensino superior aumenta no País

Dados foram divulgados pelo MEC, no Censo da Educação Superior 2011

16 de outubro de 2012 | 17h 16
Rafael Moraes Moura, de O Estado de S. Paulo
Dados do Censo da Educação Superior 2011, divulgado na tarde desta terça-feira, 16, pelo Ministério da Educação (MEC), apontam aumento no número de pretos e pardos jovens com ensino superior no País. Em 2011, 8,8% dos jovens autodeclarados pretos de 18 a 24 anos frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior. Em 2004, a proporção era de 5%; e em 1997, de apenas 1,8%.

Quando se analisam os números de jovens autodeclarados pardos, também se observa uma melhora - em 2011, 11% dos jovens pardos de 18 a 24 anos frequentavam ou já haviam concluído o ensino superior, ante 5,6% em 2004 e 2,2% em 1997. Os números foram  divulgados pelo governo um dia após a publicação de portaria que trata da Lei das Cotas nas universidades, que já entra em vigor para o próximo vestibular.

"Isso (esse aumento) foi muito importante, mas eles (pretos e pardos) continuam muito abaixo do peso que têm na população. Muitas universidades públicas já tinham cotas. A nossa meta, agora, é que a participação de negros no nível superior seja a mesma  do Censo do IBGE", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Entre 2010 e 2011, a matrícula no ensino superior cresceu 7,9% na rede pública e 4,8% na rede privada. Nesse período, a matrícula cresceu 6,4% nos cursos de bacharelado, 0,1% nos cursos de licenciatura e 11,4% nos cursos tecnológicos. Os cursos de bacharelado representam 66,9% das matrículas. Já os de licenciatura são 20,2%; os tecnológicos, 12,9%.



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