21 de novembro de 2013

SE é o 11º estado com assassinatos da população negra

Infonet cidade
Dado é do IBGE e do Sistema Nacional de Vítimas de Violência
Ato marca dia da Conciência Negra (Fotos: Portal Infonet)
De acordo com o Mapa da Violência de 2012, Sergipe é o 1º estado do Brasil com maior proporção de assassinatos da população negra. Os dados são do IBGE e do Sistema Nacional de Vítimas de Violência. O número envolvendo a vitimização da população negra foi abordado nesta quarta-feira, 20, Dia da Consciência Negra.
Para marcar a data, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), através da Secretaria de Igualdade Racial, realizou nesta quarta-feira, 20, um ato público no Centro de Aracaju. Durante o manifesto, os integrantes da entidade demonstraram sua indignação e rememoraram a luta do negro no Brasil. O ato teve também como objetivo chamar a atenção da população para o número de negros assassinados em Sergipe.
Ainda segundo o Mapa da Violência, Sergipe é o 11º Estado com maior proporção de assassinatos da população negra do país (39,8) e o nono estado com maior taxa de vitimização da população negra (em comparação com a população branca) (293,9). Isso quer dizer que em Sergipe, a cada branco assassinado, são mortos três negros. Em Aracaju, a proporção é de quatro negros para um branco.
Maria Augusta "A maioridade penal é também algo nos preocupa, pois queremos saber quem será o penalizado"
A secretaria de igualdade racial da CUT, Maria Augusta Alves, conta que o dia 20 de novembro é a data que marca a luta do povo negro para ter seus direitos reconhecidos pela sociedade. “Esse ato, que acontece todo dia 20 de novembro, é uma referência à morte de Zumbi, símbolo da resistência dos negros no Brasil”, lembra.
A sindicalista discorre também, sobre a luta da população negra e afro descendente no Brasil. “Vale ressaltar que a questão da desigualdade, principalmente envolvendo a mulher negra no Brasil, é uma realidade. A maioridade penal é também algo nos preocupa, pois queremos saber quem será penalizado mais uma vez. Vamos debater também a questão das cotas. Somos a favor, pois sabemos que podemos corrigir toda a defasagem. Queremos que nossos filhos não precisem de cotas no futuro”, diz Augusta.
Para Augusta o negro ainda enfrenta preconceitos no Brasil em vários aspectos incluindo o campo de trabalho. “No Brasil, o negro passa por vários problemas por conta da falta de consciência das pessoas e é isso que queremos que as pessoas tenham. Precisamos cada vez mais trabalhar a questão da consciência”, almeja.
Por Eliene Andrad

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