23 de novembro de 2013

violência contra mulheres

Tocantins está entre os estados com maior número de crimes.

Manifestantes pedem delegacias especializadas com atendimento 24 horas.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera
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Cruzes são colocadas na Praça dos Girassóis, em Palmas, para lembrar mulheres vítimas de violência doméstica (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Cruzes são colocadas na Praça dos Girassóis, em Palmas, para lembrar mulheres vítimas de violência doméstica (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Cruzes com nomes de mulheres vítimas de violência doméstica foram colocadas nesta sexta-feira (22), em frente à Secretaria de Segurança do Tocantins, na praça dos Girassóis, em Palmas. A ação fez parte de um protesto que pede a punição para quem comete os crimes.
O protesto foi motivado, também, pelo relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou a violência contra a mulher, e que apontou que as instituições tratam com descaso os crimes e que o número de delegacias da mulher é insuficiente, nas capitais, e não possuem plantão 24 horas. “O que acontece é que o estado não cumpre a função. Os dados de violência são muito altos e, no estado, só existem três varas de atendimento às mulheres”, diz Inajara Nunes, membro do Comissão dos Direitos Humanos dePalmas.
Com faixas, mulheres protestaram pelas ruas de Palmas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Com faixas, mulheres protestaram pelas ruas de
Palmas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O relatório apontou Palmas como a capital menos violenta do Brasil, com a taxa de 1,7 por 100 mil homicídios femininos. No entanto, no Mapa da Violência 2012, elaborado pelo Centro Brasileiro de Estudos latinos Americanos (Cebela), o Estado é o 12º no ranking, com taxa de 5,0 homicídios femininos por 100 mil mulheres.
“Os dados mostram que o Tocantins é um dos estados mais violentos do país, mas Palmas é a capital menos violenta. Essa discrepância mostra que a violência está no interior, e as cidades do interior, na verdade, são as menos assistidas”, ressalta a estudante Patrícia Alves.
Inajara lembra ainda que dados da Polícia Militar revelam que os crimes acontecem nos fins de semana. “Foi constatado que as mulheres morrem mais nos finais de semana e, principalmente, aos domingos por seus maridos. E o que acontece é que não existem delegacias 24 horas.”

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