3 de julho de 2015

Relatório mostra os principais desafios do país na área educacional

03 de julho de 2015
Menos de 10% dos alunos sabem o adequado em matemática. País tem 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola

Fonte: Jornal Hoje - TV Globo



Um estudo que traz os desafios que o país ainda precisa enfrentar na educação, divulgado nesta quinta-feira (2), mostra como o Brasil está bem longe do desejável, da educação infantil ao ensino médio. Menos de 10% dos alunos sabem o adequado em matemática e apenas 27% tem um desempenho aceitável em português.
O que era para ser "fragmento" virou "fraguimento". A palavra "seleção" foi escrita sem cedilha ou com "c" em vez de "s" no começo e "circunstância" ficou sem o "r" e sem dois "n". Se for lida do jeito que foi escrita, sai: "cicustacia".
Esse é o triste resultado de alguns ditados feitos para candidatos a estagiários - 40,6% de 7.118 candidatos eliminados. Em um processo de seleção para sete mil pessoas em todo o país, 40% foram eliminadas logo na primeira etapa porque não sabiam escrever palavras simples do cotidiano.
O Brasil também está cometendo erros feios nos cuidados com a educação e eles aparecem no relatório do movimento Todos pela Educação. Eles estão de olho em cinco metas que o país se comprometer a cumprir até 2022. Basicamente é investir para ter todos os brasileiros entre quatro e 19 anos na escola aprendendo os conteúdos na idade certa.
Parece até simples, mas governantes, professores, diretores e até os pais estão ganhando algumas batalhas, mas perdendo a guerra. Perdendo inclusive alunos. O país tem 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola.
O relatório mostra que tem mais criança na pré-escola e que o ensino fundamental está melhorando, mas ao longo do percurso as conquistas se perdem, o aprendizado no ensino médio está piorando. Em matemática já foram 11%, 10% e agora só 9% terminam sabendo o conteúdo mínimo. Em português já foram 29%, agora só 27% aprendem o básico da língua portuguesa.
“Há um debate nacional sobre a necessidade de reformulação da proposta do ensino médio. Ter um ensino médio que se aproxime mais do jovem e a gente precisa de um ensino médio de qualidade, de um ensino médio que, de fato, contribua para o projeto de vida desse jovem”, fala a coordenadora do Todos pela Educação, Alejandra Velasco.
Em uma escola pública de São Paulo há preocupação e esforço. Os alunos que participam do programa de reforço em matemática melhoraram, mas todos vão ter que repor, em duas semanas, o conteúdo perdido em mais de 70 dias de greve dos professores.

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